Primeira parte
Aceitando o convite do SINDISTAL, participei do debate, na Comissão de Defesa do Consumidor, em novembro de 2019, sobre as mudanças no mercado de geração de energia solar.
Nesta primeira parte da minha apresentação, destaco pontos relevantes para a analise da proposta de revisão da Ren 482.
Pontos que não se resumem à mera explanação de números, conceitos técnicos, contexto do mercado.
É preciso ir mais além e tocar em outros temas, que falam de perto à sociedade como um todo, independente dos que estão inseridos no segmento da energia solar fotovoltaica.
Destaquei que externalidade, neste cenário, significa desconsiderar emprego, cidadania e geração de renda.
É possível dissociar quaisquer das partes deste triângulo? (aqui retorno ao engenheiro que sou) numa proposta de revisão?
Lembrei que o esforço que a agência reguladora, ANEEL empreende, agitando grande quantidade de energia está dirigida à apenas 0,2%.
Lembrei que nada se debate com relação aos 16% de ineficiência das concessionárias, que equivale dizer que arrecadam 100% e entregam 84%. “O gato comeu o restante”? Silêncio…
Lembrei dos erros de conceito e cálculo, em planilhas equivocadas, distorcidas e que não contemplam toda uma gama de pessoas que têm a geração da sua própria energia atualmente, ou que sonham com esta oportunidade.
Todos seremos impactados, de maneira profunda, com uma revisão que pode, sem medo de exageros, significar o fim da GD no Brasil.
O link leva para o vídeo integral.
A participação começa 1h09’20″”
2 respostas
Parabéns pelas colocações simples, claras e diretas, mestre Vinícius, sua precisão foi cirúrgica.
Já dizia um amigo meu que tudo aquilo que é difícil de se explicar e mais difícil de se entender, é porque esconde algo. A mágica faz as coisas aparecerem e desaparecerem, enquanto as explicações inalcançáveis não as deixam aparecer de forma alguma.
O sr. Mattar quer matar a GD no ninho, não vai deixar prosperar de forma alguma. Eu assisti um pronunciamento dele na FIESP, onde disse que não existiriam alterações para quem já produzia a própria energia. Com a maior cara de pau, agora, diz que será válido só até 2030.
Da mesma forma que se contradisse, afirma que todas as contribuições estão sendo analisadas. E nada, absolutamente nada, está sendo diferente das vontades da ANEEL.
A briga vai ser boa. Vamos tentar crescer e virar esse jogo. Vamos ser rebeldes e nos libertar desse mercado cativo.
0,2% x 16% é uma piada de muito mau gosto. A ANEEL tem muito mais com que se preocupar e ajudar os consumidores cativos, que até hoje não vi, terem as tarifas reduzidas.
Acredito que o problema das concessionárias é a perda de receitas para pesquisa e desenvolvimento. Escondem-se atrás da pesquisa e desenvolvimento que nunca fizeram, ou de forma adequada e séria. Do contrário, não teríamos todas essas dificuldades.
Muito obrigado!
Vamos crescer!
Abço e grato pelo comentário