Bom, a segunda palestra que assisti foi uma daquelas palestras para lembrar porquê vamos a um congresso técnico e para ficar feliz por ter gente fazendo boa engenharia no pais.
Confesso que de antemão o tema já me deixava instigado. Quem nunca teve dúvidas de como medir a resistência ôhmica de uma malha enorme?
Pois é, foi esse assunto que o Marcelo Barbosa, da Barbosa & Andrade abordou.
Iniciou justificando o porquê da necessidade das inspeções, discorreu dos itens de que a NBR5419/2015 trata do assunto.
Depois, e esse foi o legal, face a impossibilidade física de se usar o método da queda de potencial para malhas de grandes dimensões, falou sobre o Método da Interseção de Curvas.
Confesso que não conhecia o método e não pretendo explicá-lo aqui, afinal, vou precisar estudá-lo, mas foi a primeira vez que não me deram como solução medir um valor que eu saberia que estava errado, apenas para constar do laudo. Já valeu por isso.
Depois, discorreu sobre as outras etapas (medição de continuidade, inspeção física) do diagnóstico do sistema, assim como o levantamento de problemas potenciais de um case real, mostrando como as coisas deveriam ser feitas em um trabalho bem feito.
Ele ressaltou também a necessidade de análise em casos de expansão do parque fabril, para que as soluções da expansão não descaracterizem os conceitos do projeto original.
Foi importante? Valeu o tempo?
Com certeza. Primeiro, porque deu um meio de fazer algo que até então eu não sabia. Segundo, para mim, reforçou as etapas que um bom relatório deve ter, e como o que mais eu vejo são as pessoas perguntando como fazer um laudo, bom, no meu entender isso atende bem ao conceito do congresso.
E agora?
Agora? Eu vou ter que descobrir mais sobre esse método. Ah, e descobrir como fazer quando eu não tiver a resistividade do solo, visto que no transcorrer da palestra ele faz a comparação entre projetado x medido.